ESPERA E CRÊ
Meu amor, meu amor! A nossa estrada
Como é cruenta! Como é dolorosa!
Só nossa crença guia-nos, e nada,
E nada mais, ó minha pobre rosa!
Do horizonte na bruma silenciosa
Não aparece a estância alva e sagrada
Que há de guardar tua alma carinhosa
Como um ninho uma pomba fatigada.
Pálida e triste, angélica e franzina –
Fitas o olhar na solidão imensa
E o desalento enubla-te a retina.
Espera e crê! Por entre a treva densa
Há de brilhar a estrela peregrina
Que há de guiar-nos pelo azul suspensa...
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